Teatro e tal

A aprensentação foi o que há de melhor! Creativo como poucos, combinado com um trabalho corporal impecável.
A começar pelo cenário, versátil e belo, finalizando na inovação para representar as idéias. No primeiro ato, por exemplo, uma releitura da história de branca de neve, para mostrar o crescimento da menina, a bailarina dança em cima de pernas de pau. E, numa modernização do conto infantil, ao invés de uma bruxa velha e feia, temos uma mulher sofisticada e rica, com uma pitada de perua. Ao inves de anões, temos crianças.
No segundo ato, com som ao vivo de um violão tocando baladas jovens e modernas, um casal apaixonado dança, em um coreografia que transmitia os altos e baixos de um relacionamento.
Para finalizar, música espanhola e mais uma vez um cenário prático, colorido e visualmente uma grande saída para as mudanças na movimentação dos bailarinos.
Ah, claro, mais um teatro de Londres que conheci, por sinal um dos mais modernos e novos, Sadlers'Wells.

À noite fomos assistir "Resurraction Blues" no Old Vic Theatre (por sinal propriedade do Kevin Spacey). Escolhemos esta peça por insistência de meu namorado, que não largava de mão a possibilidade de ver a Neve Campbell no palco (para quem não lembra a atriz principal do filme "Pânico"), porém o espetáculo tinha muitos outros prós a seu favor. O texto é de Arthur Miller (mais famoso por "A morte do caixeiro viajante") e a direção de Robert Altman (indicado a inúmeros oscar por filmes americanos e que, neste ano, recebeu um oscar especial por sua contribuição ao cinema).
Texto super inteligente e peça divertida, contando a história de um ditador sul americano que incomodado pelas idéias libertárias de um jovem messias queria cruxificá-lo. E para mostrar sua força e "ensinar a lição" para o povo, contrata uma produtora americana para gravar o ato e transmitir via televisão. Outros atores e não a Neve Campbell que derão vida a peça, principalmente o ditador, muito bem interpretado por Maximilian Schell.

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