Friday, November 25, 2005

Pessoas dispersas são mais criativas

Volta e meia me pergunto porque meu cérebro consegue guardar informações tão inúteis (como nomes de ruas daqui, linhas de onibus que nem sempre uso, ou coisas ligadas a facilitar a vida no dia a dia) e, por outro lado, se nega a memorazir dados importantes para o meu background cultural (como nomes de figurinhas famosas na história humana, livros e autores).
E não é que os cientistas acharam a resposta para as minhas dúvidas....ninguém é perfeito, isso todo mundo já sabe. Alguns são melhores em cálculos, outro em falar em público, alguns ainda são mais criativos que outros.
Este é o meu caso. Claro que pra isso, tenho que ter uma mémoria para frivolidades.

Boa memória visual depende de filtro, revela estudo

acesse o 1.º parágrafo:

Neural measures reveal individual differences in controlling access to working memory, de Edward K. Vogel e colegas


Londres - Uma pesquisa realizada por estudiosos da Universidade do Oregon, nos Estados Unidos, indica que a habilidade do cérebro de filtrar informações inúteis influencia a capacidade de memória visual do cérebro.
Segundo o estudo, publicado na última edição da revista Nature, uma boa memória não depende de espaço de armazenamento no cérebro e sim do quão bem o órgão filtra as informações que recebe, selecionando as mais relevantes.
Os pesquisadores descobriram que o cérebro tem o seu próprio "porteiro", um sistema que controla a forma como informações recebidas vão ser tratadas.
"Até agora, acreditava-se que as pessoas com alta capacidade de memória visual tinham mais espaço para guardar informações. Mas, na verdade, (o responsável por isso) é o porteiro - um mecanismo neurológico que controla quais informações vão ser registradas", disse Edward Vogel, que liderou o estudo.
A pesquisa diz que as pessoas mais dispersas são aquelas que se deixam inundar com dados desnecessários. Por outro lado, os cientistas afirmam que essas pessoas, em geral, são mais criativas.

Acredita-se que a pesquisa possa ajudar no desenvolvimento de métodos mais eficientes para maximizar a memória, além de melhorar o tratamento para quem sofre de problemas associados à dificuldade de concentração e de esquizofrenia.
Fonte: Estadão

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