Congresso Internacional de Energia Solar

No meu último dia no jornal, enquanto esperava as correções serem feitas nas páginas para poder terminar o trabalho, aproveitei para brincar na internet um pouquinho. Passeando por sites sobre desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas e assuntos afins, descobri que semana que vem Oxford sedia o 2 Congresso Internacional de Energia Solar.
Maravilha! Uma hora e meia de Londres, seria mais uma chance para tentar emplacar algumas matérias no Brasil e contribuir com o CarbonoBrasil mais uma vez.
Resolvi mandar um email para a assessoria do evento e tentar me inscrever para fazer a cobertura do evento como jornalista free lancer, já que a inscrição estava muito amarga: 150 libras por dia de evento (serão três no total). Não é que o cara me aceitou! O resultado disso é que segunda-feira vou para Oxford participar do evento. Assim já conheço a cidade, o que vinha querendo fazer a algum tempo.
O mais inacreditável é que vendo a lista de palestrantes achei vários brasileiros, inclusive um professor da UFSC, do Labsolar! Achei inacreditável. Além dele vão estar dando palestra o Jaime Lerner, e o secretário de meio ambiente de São Paulo.

E mais créditos, mais informações e aperfeiçoamento rumo a especialização na área ambiental.

Nós dois....

No museu de london, agora Paula turista 

Aula de teatro com Steven Pimlott

Quarta-feira participei de mais uma das sessões de aulas com famosos do Teatro Haymarket.
O "professor" ou "mestre", já que o programa para jovens atores [e denominado Masterclass (aula com o mestre), foi um diretor inglês chamado Steven Pimlott. Entre seus trabalhos mais recentes estão inúmeras peças para o National Theatre e a adaptação do clássico da Agatha Christie "O caso dos 10 negrinhos" (And then there were none), que estava em cartaz até uns três meses atrás no centro de Londres (infelizmente não consegui assistir, mas li o livro aqui novamente para matar a saudade).
Além de ser um amor de pessoa, Pimlott sabia como transmitir um gotinha de toda a experiência de tantos anos no palco. Três jovens diretores apresentaram seus trabalhos e deram uma pequena mostra de como dirigiam. Paralelamente Pimlott contribuia com uma mudança da entonação, ou explicando o que ele faria no lugar do diretor em uma situação dificil de resolver no palco como esta ou aquela, etc...
Com certeza aprendi muito nestas três horas sobre direção e, principalmente, sobre o que é ser um artista inglês. E uma das lições foi que, definitivamente, Shakespeare perde toda sua graça quando traduzido para o português, já que a grande magia das suas peças está na poesia e no jogo de palavras que o mais famoso do grandes dramaturgos foi capaz de criar.

Fabiano turista 

Sábado OFF

Depois de três meses, ganhei meu terceiro sábado livre desde começei a trabalhar!!
Como por um milagre o Fabiano também estava off, fomos passear. Só mesmo o tempo que não ajudou muito, porque estava bem frio.
Primeiro fomos no Museu de London, pois só estive de passagem lá na terça e deixei para visitá-lo com o Fabiano porque sabia que ele iria adorar: a parte sobre a cidade no período do império romano é muito legal. Realmente concordo com a Deni, que havia me dito que este foi um dos museus que ela mais gostou daqui. Adorei e aprendi mais um monte sobre London, london.

De lá partimos para o Aquário, decididos a finalmente ver os tais tubarões. Grande decepção. Primeiro a imensa fila na entrada. Claro que não poderiamos reclamar já que sabiamos que sábado todos os lugares ficam lotados nesta cidade. Resolvemos mesmo assim encarar a fila...não sei para quê! Dentro do áquario, era uma tarefa e alcançar a janela dos aquarios para observar as maravilhas do mundo submarino.
Porém comigo não tem criança chorando e esperneando, ia me metendo até chegar na cara dos tubarões..outra frustação, pois no momento que achamos que teria alguma ação - alimentação dos tubas- os bichinho nem para dar bola para os peixes mortos que eram jogados dentro do aquário...
Mais divertido foi ver o espaço que deram para a área de fauna aquática de florestas tropicais - Amazônia, claro. Bem bonitinho, repleto de árvores, tentando recriar o ambiente.

Passeando pelos arredores do centro econ�mico de Londres na terca-passada. Olha que branquinha, enquanto voc�s ai negoes de tanto sol. 

Olha o Mac em que trabalho no Express News... 

Time

Hoje, no último dia "de aula", mais uma vez fiquei surpresa com meus colegas do curso sobre mudanças ambientais. Me peguei pensando em como realmente estamos vivendo mais.
Principalmente dentro do contexto que, dizem por aí, um dos problemas da Europa é o envelhecimento da população.
Minha sala de aula de sexta-feiras à noite é a prova concreta disso. Entretanto, fico fascinada ao ver a sala cheia de velhinhos, discutindo e aprensentando tanto conhecimento. Vê-se que ali estão pessoas realmente com as mentes vivas apesar da rugas e cabelos brancos. E discutem, e participam e, acredito, isso que os faz continuar a ter vida longa.

Isso me levou também a uma série de documentários sobre o Tempo que a BBC vem exibindo nos últimos dias. Além de super bem produzido (como todos programas da emisora que esbanjam qualidade), ensina e entretem. Em cada programa, um japonês americano trata de uma questão diferente sobre a relação do tempo e a nossa vida. Outro dia mostrou as mudanças que ocorrem com o ser humano com o passar dos anos. Inclusive mostrando testes genéticos que mostram a idade de todas suas células e sua idade mental.

Falando nisso, fico impressionada como é bom assistir tv aqui. Quer dizer, ás vezes.
Primeiro não tem bunda e cassetadas no domingo na tv. Na verdade, não tem nada que presta. Isso durante o dia, porque á noite a gente sempre encontra algum documentário para lá de interessante.

No início do mês a BBC começou a exibir o documentário Planeta Terra, com imagens inéditas, como o momento em que uma ursa polar deixa a toca depois de meses de hibernação junto com seus filhotes, filmado em uma área da Noruega de isolamento total. O programa contém imagens sobre a vida nos mais inóspitos canto do nosso planeta e as cenas mais belas da vida animal, como uma sequência completa de cachorros selvagens em uma caçada na África. Além disso tem a Baleia orca atacando uma foca, o Leopardo Amur, habitante das montanhas frias da Rússia, hoje um animal em risco de extinção; as danças de acasalamento de pássaros das Ilhas Pacíficas, o jacaré no pantanal, etc, etc etc...
Com certeza se sair em DVD já levo fresquinho para casa.

Teatro e tal

Minha última visita ao teatro foi para assistir o grupo de dança moderna "Phoenix Dance Theatre", com o espetáculo "Stories in Red".
A aprensentação foi o que há de melhor! Creativo como poucos, combinado com um trabalho corporal impecável.
A começar pelo cenário, versátil e belo, finalizando na inovação para representar as idéias. No primeiro ato, por exemplo, uma releitura da história de branca de neve, para mostrar o crescimento da menina, a bailarina dança em cima de pernas de pau. E, numa modernização do conto infantil, ao invés de uma bruxa velha e feia, temos uma mulher sofisticada e rica, com uma pitada de perua. Ao inves de anões, temos crianças.
No segundo ato, com som ao vivo de um violão tocando baladas jovens e modernas, um casal apaixonado dança, em um coreografia que transmitia os altos e baixos de um relacionamento.
Para finalizar, música espanhola e mais uma vez um cenário prático, colorido e visualmente uma grande saída para as mudanças na movimentação dos bailarinos.
Ah, claro, mais um teatro de Londres que conheci, por sinal um dos mais modernos e novos, Sadlers'Wells.



Isso foi na quinta-feira passada. Na terça, como o Fabiano conseguiu fugir mais cedo do trabalho, passamos a tarde caminhando pelo centro de Londres. Ele feliz pela neve fraquinha (que mais parecia de mentira) e ambos apreciando um dia que tem sido raro em nossas vidas, onde a rotina não nos contempla com muito tempo juntos.
À noite fomos assistir "Resurraction Blues" no Old Vic Theatre (por sinal propriedade do Kevin Spacey). Escolhemos esta peça por insistência de meu namorado, que não largava de mão a possibilidade de ver a Neve Campbell no palco (para quem não lembra a atriz principal do filme "Pânico"), porém o espetáculo tinha muitos outros prós a seu favor. O texto é de Arthur Miller (mais famoso por "A morte do caixeiro viajante") e a direção de Robert Altman (indicado a inúmeros oscar por filmes americanos e que, neste ano, recebeu um oscar especial por sua contribuição ao cinema).
Texto super inteligente e peça divertida, contando a história de um ditador sul americano que incomodado pelas idéias libertárias de um jovem messias queria cruxificá-lo. E para mostrar sua força e "ensinar a lição" para o povo, contrata uma produtora americana para gravar o ato e transmitir via televisão. Outros atores e não a Neve Campbell que derão vida a peça, principalmente o ditador, muito bem interpretado por Maximilian Schell.

Suécia...e a vaga vai para....

Nunca crie muitas expectativas com o que ainda não aconteceu. Ou o tombo pode ser grande.
No meu caso, continuei planejando o ano sem contar muito com a possibilidade de passar mais um ano aqui pelas bandas das Oropas estudando.
No fundinho até que fiquei feliz sabia...isso por dois motivos:
Primeiro e o principal, como não vou para a Suécia em Setembro, vou viajar pela Europa Junho, Julho e Agosto (3 MESES DE FERIAS, NADA MAL!)
Segundo que não me sinto 100% segura para fazer um Mestrado em inglês, já que no final teria que escrever um longo trabalho.
Claro que me viraria e tal, mas com certeza estou voltando para Floripa com as baterias totalmente recarregadas, cheia de idéias e projetos para minha carreira e futuro. Super feliz da vida...
Só de visualizar a vista panorâmica que terei da nossa ilha, fico emocionada e louquinha para ir.
Claro que sentirei saudade de muita coisa, principalmente desta vida cultural tão intensa, tendo toda semana teatro, cinema, museu, etc e tal....
Bom, mas agora, é aproveitar os proximos tres meses aqui em londres até o ultimo!